quinta-feira, 22 de março de 2012

Capítulo 4 - Heyguy

            Olhei em volta e o dia estava amanhecendo, achei estranho mais tudo bem, resolvi me levantar, e percebi que meu pé estava machucado devo ter caído enquanto corria aquela música não saiu da minha mente, eu não sei o que está acontecendo, mas vou descobrir...
            Comecei a pensar no que fazer e como não achei uma resposta certa então achei melhor analisar o território primeiro para ver se é seguro, afinal eu nem sabia onde estava e como havia chegado ali.
             Fui andando e descobrindo o lugar...
            As casas eram simples, mas clássicas. Tinha um lugar que parecia um bar que era meio bárbaro, não sei descrever bem. As pessoas começaram aparecer, pareciam abatidas, mas essa gente dava um brilho diferente a cidade.
            Vi um senhor caindo e corri para ajudá-lo, ele me fitou e com um olhar curioso me disse:
            -Quem é você?Eu nunca o vi por aqui.
            -Eu sou Joey. E eu realmente não sou daqui. -respondi
            -E de onde você é?
            -Da Alemanha!
            -Alemanha?Onde fica?É um vilarejo aqui perto? E vocês se vestem assim lá?
            Ele não conhece a Alemanha? E eu estou vestindo roupas normais para época, mas ele parece não conhecer essas roupas, nem ele e todo mundo daqui.
            -Senhor onde estou?
            -Em Heyguy, meu filho, mas Alemanha é onde?
            O que é Heyguy, nossa o que será que aconteceu comigo será, acho que estou em uma época diferente pelo estilo das casas das pessoas se vestirem, mas como isso pode ser possível nunca ouvi falar de algo assim antes...
            -Senhor em que ano estamos?
            -238.
            -Antes ou depois de cristo?
            -Quem é cristo?
            Ótimo estou no ano 238 antes de cristo, e agora como vou voltar, se bem que esse sempre foi eu sonho, viver numa era medieval e ir para uma guerra medieval...
            -E o senhor sabe de alguma guerra por aqui?
            -Nem me fale de guerra meu filho, aqui está acontecendo uma horrível e o rei está recrutando de crianças a velhos, eu já passei da idade da qual ele está recrutando, mas como meu único filho morreu na guerra e não tenho mais filhos, nem netos que possam lutar em meu lugar, então eu mesmo terei que ir, e minha mulher está muito preocupada comigo e fica brigando com todos que ele pensa estar envolvida com essa história.
            Então está acontecendo uma guerra aqui, parece o destino querendo que eu lute pena que para esse senhor o destino não foi tão gentil, não só com todo esse povo que me parece estar sofrendo muito, e pelo jeito que ele falou da guerra perece estar feia a coisa, vai ser uma pena se esse senhor morrer, porque ele até  lembra meu avô...
            ...Meu avô é isso, talvez eu tenha vindo para ajudar esse senhor, eu poderia me passar de seu neto, não sei se ele vai gostar da ideia.
            -Eu acho que tem um jeito do senhor não ir pra guerra.
            -Acho que não eu já até tentei falar com os comandantes sobre isso, mas não teve jeito.
            -Senhor, tem um jeito sim, tem um lugar menos movimentado para a gente conversar?
            -Tem sim, vamos lá pra casa.
            Enquanto íamos caminhando ele foi me contando sobre a guerra, como ela começou e sinceramente se não fosse por esse senhor, eu não lutaria nessa guerra, talvez contra esse rei, porque ele é muito idiota e precipitado, e eu realmente gosto de lutar, mas essa guerra está matando mais por dentro do que por fora.
            Chegamos na casa dele, a mulher dele está andando de um lado para outro, e parecia muito cansada...
            -Arthur, onde você estava?Fiquei preocupada.
            -Só sai um pouco, eu não posso ficar trancado dentro de casa.
            -Quem é esse homem com você?Ele veio te buscar para essa guerra, há mais ele me paga-Ela disse pegando uma espécie de vassoura e começando a me bater.
            -Não é nada disso senhora... Pare de me bater que eu explico tudo.-disse eu saindo correndo.
            -Nicole, pare de bater no rapaz, ele só estava tentando ajudar.
            -Você tem certeza?Porque eu posso colocá-lo para fora.
            -Sim, eu tenho certeza.
            -E como ele pretende ajudar?
            -Ele ainda não me disse.
            -Bom, eu acho que eu poderia me passar de netos de vocês, e ir lutar na guerra, assim o senhor não precisaria ir.
            -Mas eu nem tenho filho.
            -O senhor disse que teve um filho e ele morreu, pode dizer que ele teve um filho antes de morrer e que assim que eu fiquei sabendo da guerra vim lutar no seu lugar.
            -Mas porque você faria isso. -perguntou a senhora desconfiada.
            -Eu já iria de qualquer jeito mesmo.
            -E o que você quer em troca?
            -Nada.
            -Você não nos conhece, porque nos ajudaria de graça.
            Eu não queria ofender aquele senhor, mas esse seria o único jeito daquela senhora aceitar isso eu a conhecia a alguns minutos, mas parecia que conhecia ela a muito tempo, no fundo eu também não acreditaria em um cara que eu conheço a poucas horas e já quer fazer algo para realmente ajudar sem querer algo em troca.Eu realmente tenho que ajudá-los sinto que estivesse em dívida com eles.
            -No fundo eu acho que seu marido só vai atrapalhar se for lutar.Então posso ajudá-lo.
            -Tudo bem, não sei por que eu confio em você.
            Pude ver que o senhor se sentiu humilhado, me sinto mal por isso, entretanto agora tudo ficaria bem, eu acho.
            Agora eu só tenho que mudar minhas roupas afinal, não posso chegar lá assim, peraí eu nem sei onde fica o tal lugar, vou ter que perguntar isso também.
            -Senhor, poderia pegar umas roupas, para mim, eu não posso chegar lá assim.-apontei para as minhas roupas.
            O senhor Arthur foi pegar umas roupas para mim enquanto a sra.Nicole preparava algo para mim comer.E eu fiquei esperando numa espécie de sala, sei lá tudo muito familiar, porém muito diferente do que eu estava habituado a ver nas casas na Alemanha, como posso estar tão longe (mais de 2.000 anos para ser exato) e me sentir tão em casa.
            -Aqui está.
            Ele me entregou uma roupa de guerra, que era incrível.
            Vesti e serviu perfeitamente como se fosse feita para mim, me senti muito bem, e eu fiquei bem, como num sonho, será que vou acordar agora?Esperei um tempo, me bati e nada, se eu estava dormindo eu não queria acordar.
            Isso está me assustando, como isso aconteceu, eu tenho que descobrir, o pior que está tudo dando certo que nem dá vontade de procurar uma resposta.
            A Sra.Nicole me serviu uma comida que eu nunca ouvi falar...
            -Grunhado de jilyave- disse ela
            Que apesar do nome tinha um gosto extremamente bom...grunhado de jilyave, nunca imaginei.Enquanto terminávamos de comer pedi para o Sr. Arthur me falar mais do acampamento e ele me contou suas histórias de guerra, suas aventuras, as do seus antepassados, do seu povo, me contou a verdade da era medieval, parecido porém diferente do que a gente imagina que é...ficamos horas e horas conversando, quando vi já estava de noite.
            -Ai meu Deus já é de noite tenho que ir para o acampamento logo.
            -Não, você vai dormir aqui, amanhã de manhã você vai.
            Consenti com a cabeça, sem nem ao menos responder.
            Comemos e eu me deitei num quartinho velho, que era do filho deles, parecia que ninguém ia ali a muito tempo.
            Deitei, virei para um lado, virei para o outro, tudo estava bem, mas ainda não consigo dormir, e não é por causa do que aconteceu com meus pais agora eu pude perceber já que aquele vazio tinha sumido grande parte, eu não sei o que é mas algo está faltando...
            Como não conseguia dormir, fiquei pensando no que esperar da guerra...
            Eu não sabia.
            Não sabia se me esperava a glória ou a morte...não sabia como, nem porque eu estava ali, não consegui decidir o que esperar, então resolvi tentar apenas dormir, tentar...

4 comentários:

  1. Cecília!
    Bem interessante a ficção, gostei dos diálogos, dão mais agilidade ao texto.
    Desejo sucesso em seu livro.
    Seguindo o blog.
    Sugestão: coloca um feed, assim poderemos acompanhar por email cada capítulo e podemos vir comentar, ok?
    Desejo um dia pleno de paz!
    Cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/2012/03/divulgacao-alegre-e-amiga-103-livro.html

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  2. Boa noite Cecília,

    Gostei muito d seu blog e ainda mais desse capítulo, me parece bastante interessante, você irá lançar o livro impresso?

    Parabéns e desejo muito sucesso.

    Abçs.

    http://devoradordeletras.blogspot.com.br/

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    1. obrigada, e sim eu quero lançar meu livro inpresso também!

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